quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ao encontro do mar...




Lanço-me ao mar escuro. Espero escutar sua voz.
O mar, vezes traiçoeiro, vezes pura mansidão, quer revelar-me o que há dentro mim.
Não há nada melhor que deitar na praia, à noite, deixando o corpo inteiro ser coroado pelas estrelas do céu, mesmas estrelas que em silencio testemunham a minha doce solidão, e admiram a grande ópera que o deus Poseidon ministra no mar.
Não implico com a solidão! Muitas vezes estar só é necessidade. O solitário escuta o som do mar! O solitário escuta o mar dizer sobre as sutilezas do dia-a-dia. Quando bravio, diz das dores, das marcas dos desamores, das amarguras que quisera fossem esquecidas, mas diz também dos beijos mais safados, das pernas entrelaçadas, do coração descompassado. Quando brando, diz de amor em forma de poesia. Poesia que só o mar sabe escrever e só o solitário consegue ouvir.
Lanço-me ao mar escuro! Com o corpo nu desejo sentir suas águas envolvendo-me. O murmúrio do mar faz companhia. O toque da água fria faz multidão dentro de mim! Eo que dizer da imagem da lua refletida no mar? Ilumina o caminho para pensamentos de planos futuros. Que futuro? O futuro balança tal como barco no mar. Deve-se seguir em frente, assim diz o marinheiro, até mesmo quando enjoados, cheios de vertigem por causa do vai e vem.  A vida é mesmo assim: vai e vem. E o sentido do caminho só se dá quando nos lançamos no mar, e nos deixamos perder por instantes a respiração para logo em seguida a recuperarmos.
Vai e vem. Vem e vai.
Vai o caminho iluminado, vem o mar escuro. Lanço-me nele com medo, mas sem hesitação!

Um comentário:

  1. Para ello, hay que tener coraje!!! Un ímpetu que se te sale del fondo del alma! Algo que supera el desierto, asombroso y desconocido! Sin embargo, uno necesita arriesgar-se! Echar-se en el mar, en el océano de la vida! Ojalá, yo tenga condiciones de hacerlo un día!!!

    Conjecturāle

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